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METANÁLISE: CITOCINAS PRÓ-INFLAMATÓRIAS EM PACIENTES AUTISTAS



"Pesquisadores observam que há evidências de que o TNF-α está relacionado aos efeitos da genética, epigenética, e fatores ambientais no TEA"

Todos os autistas estão inflamados? Não sei, provavelmente não. Mas de acordo com a ciência uma grande parcela, SIM.


De onde vem essa inflamação crônica e subclínica no autismo?


A maior fonte de inflamação e centro de produção dessas citocinas ocorre no intestino. Assim, quanto maior a disbiose e problemas no trato gastrointestinal MAIOR a produção de citocinas inflamatórias, um detalhe: a Sociedade Brasileira de Pediatria estima que 91% das crianças autistas tenham sintomas gastrointestinais (constipação, diarréia, distensão e dor abdominal).


A inflamação em si não é ruim, é necessária para a sobrevivência e manutenção da homeostase (vide Guyton), faz parte de um processo natural do nosso organismo para reparo de lesões dos tecidos, ao trauma e resposta imunológica. Se não fosse a inflamação aguda e o recrutamento celular qualquer lesão no seu corpo dificilmente seria curada. Mas a inflamação crônica, “silenciosa” e subclíncia essa sim traz sérias consequências para a saúde, inclusive para o Sistema Nervoso Central.


TNFa, IL6, IL1b, IFNy são citocinas pró-inflamatórias, ou seja, quanto maior a concentração no sangue e nos tecidos maior o estado inflamatório que aquela pessoa se encontra. Esta metanálise evidenciou que pessoas autistas possuem concentração dessas citocinas INFLAMATÓRIAS (em especial IFNy e TNFa) em relação ao controle, e outra metanálise de 2019 mostrou que pessoas autistas possuem diminuição de citocinas ANTI-INFLAMATÓRIAS (IL10 e IL1Ra - Anti-inflammatory cytokines in autism spectrum disorders: A systematic review and meta-analysis), ou seja: temos de um lado mais inflamação e de outro menor ação anti-inflamatória.


Na prática clínica na avaliação da pessoa autista observamos que quanto maior as citocinas inflamatórias (em especial o TNFa - Fator de Necrose Tumoral alfa e IFNy - Interferon gamma) maior a severidade dos sintomas autísticos. Outros exames laboratoriais também auxiliam na avaliação do contexto clínico: homocísteína, o próprio hemograma e observação do RDW, PCRus, VHS, Fibrinogêncio, LDH, Insulina, Hb glicada, glicemia, calprotectina, microalbuminúria …). Os exames, inicialmente, costumam vir com aumento de TNfa, IL6, IFNy, homocisteína, RDW, VHS, PCR .


Os pesquisadores observam que há evidências de que o TNFa está associado aos efeitos da genética, epigenética, e fatores ambientais no TEA.

Sds,

Dra Tielle Machado

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📚 REFERÊNCIAS:

A meta-analysis of pro-inflammatory cytokines in autism spectrum disorders: Effects of age, gender, and latitude - Journal of Psychiatric Research - doi.org/10.1016/j.jpsychires.2019.05.019


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